Existem dois tipos de empresas que atuam na área de hardware. As empresas de primeira linha como HP, Dell, Acer, Sony e por aí vai. E existem as empresas que nunca aparecem no meio disso tudo, pois são contratadas para fabricar componentes que serão integrados nos produtos das empresas de primeira linha.
Então quando você entra no site da Dell e compra aquele lindo Notebook, saiba que vários componentes ali não são fabricados pela Dell. Um exemplo é o Barebone (a carcaça) que são fabricados sob medida por empresas desconhecidas.
Vez ou outra uma dessas empresas que ficam nas sombras conseguem dar uma cartada de mestre. Colocam um produto no momento certo e passam a receber as luzes dos holofotes reservados as grandes corporações. É a ascensão dos pobres na área de TI.
Uma destas empresas é a Asus, uma fabricante de placas, circuitos e barebones, já conhecida por suas placas-mães. Que percebendo a oportunidade, lança no mercado um produto completamente inovador, o EEEPC.
A grande vantagem do EEEPC é exatamente agregar o que todos os notebooks tentam eliminar. Tem uma tela pequena demais, teclado pequeno demais, sem disco ótico, sem disco rígido. Mal tem conexão wireless.
Contudo, em contra partida, os consumidores queriam exatamente isso: um computador só para acessar a internet ou fazer um trabalho rápido, e não estavam dispostos a gastar uma fortuna por um segundo micro. Assim, o EEEPC vira referência mundial e define um novo seguimento de portáteis, os netbooks, fazendo com que as empresas de primeira linha se apressem para criar os seus.
E o que isso tem a ver com os sistemas operacionais? Posso dizer sem a menor dúvida que sem os netbooks no mercado a situação talvez fosse totalmente diferente.
A computação em nuvem está aí e agora que as aplicações rodam mais na internet que em nossas máquinas, podemos (e é preciso ) aliviar o sistema operacional, pois um netbook não suporta de forma decente um obeso Windows Vista, mas agüenta tranqüilo uma distribuição Linux ou o Windows XP.
A Microsoft, antes de lançar o Windows 7, já havia definido que o XP não iria morrer de bate-pronto (por conta dos netbooks). O Próprio Windows 7 já virá mais enxuto, inclusive com fortes tendências de computação em nuvem. Com o software livre não é diferente, a nova versão do Ubunto, foi remodelada (inclusive graficamente) para operar fortemente na internet. E é claro, a cereja do bolo, o Chrome OS anunciado pela Google para 2010 para rodar onde? Em netbooks é claro.
E tudo isso num mercado onde a Microsoft domina com mais de 80%.
Autor: Gotavio
Fonte: SideWin
Link: http://www.sidewin.com/2009/07/o-que-seriam-dos-sistemas-operacionais-sem-a-asus/
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